A polícia conclui ISSO sobre queda do avião com Marília Mendonça… VEJA MAIS

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) anunciou hoje a finalização da investigação referente ao acidente aéreo que resultou na tragédia envolvendo a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em novembro de 2021.

De acordo com a PCMG, a análise apontou que o acidente poderia ter sido evitado caso o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarcíso Viana tivessem tomado medidas adequadas.

O delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, esclareceu que a investigação revelou negligência por parte da tripulação no incidente com a torre de transmissão que não estava devidamente sinalizada.

O delegado observou que, embora não houvesse obrigatoriedade de sinalização das torres, havia manuais de procedimento da aeronave que exigiam que o piloto realizasse uma análise prévia da presença de obstáculos, como morros e antenas. “Era uma responsabilidade do piloto que estava no comando da aeronave ter realizado essa avaliação antecipada”, declarou durante uma coletiva de imprensa.

Sales enfatizou que existiam documentos que poderiam ter permitido a identificação das torres e mencionou o EGPWS, um dispositivo que emite alertas sonoros na proximidade de morros e obstáculos. “É um fato que esse equipamento pode ser desligado pelos pilotos, porque quando a aeronave se aproxima do solo, esses alertas começam a soar. A aeronáutica não conseguiu determinar se esse equipamento foi desativado ou não, devido ao estado deteriorado da aeronave.”

O delegado ressaltou no início da coletiva: “O resultado dessa investigação é apresentado com total respeito aos familiares das vítimas. Entendemos que foi um acidente, mas é responsabilidade da Polícia Civil investigar crimes.”

A conclusão da PCMG indicou que tanto o piloto quanto o copiloto cometeram três homicídios culposos, embora a punição tenha sido extinta devido às mortes dos tripulantes. Recomendou-se o arquivamento do caso.

Além disso, a investigação também examinou a possível ocorrência de crime ambiental relacionado ao vazamento de combustível no córrego, mas a PCMG concluiu que o vazamento não causou poluição na água nem representou riscos à vida humana.

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Hipóteses descartadas

Conforme informou o delegado, durante a investigação, foram excluídas as seguintes possibilidades:

  1. Problemas na aeronave
  2. Problemas nos pilotos, como mal súbito
  3. Eventual atentado contra a aeronave.

Conclusão do Cenipa

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) mencionou uma “avaliação inadequada” por parte do piloto no acidente, em um relatório divulgado em maio.

O Cenipa é a entidade vinculada ao comando da aeronáutica responsável pela investigação de acidentes aéreos na aviação civil e na Força Aérea Brasileira.

Segundo o relatório, “quanto ao padrão de aproximação para pouso, houve uma avaliação inadequada em relação aos parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna contra o vento foi estendida a uma distância consideravelmente maior do que a esperada para uma aeronave da ‘Categoria de Performance B’ em procedimentos de pouso”.

A investigação também concluiu que não houve falha mecânica durante o acidente. O relatório oficial destacou que a aproximação da aeronave em direção ao solo “foi iniciada a uma distância significativamente maior do que a esperada” e “com uma altitude em relação ao solo bastante reduzida”.

O Cenipa enfatizou que as investigações conduzidas não visam “atribuir culpa ou responsabilização” nem determinar as causas do acidente. “Os relatórios finais têm o propósito de sugerir medidas por meio de recomendações de segurança, com o objetivo de melhorar a segurança das operações de voo.”

O acidente No dia 5 de novembro de 2021, ocorreu um acidente aéreo por volta das 15h30, na cidade de Piedade de Caratinga, situada a 309 km de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Além da cantora Marília Mendonça, as vítimas incluíam o produtor Henrique Bahia, o assessor e tio da cantora, Abiceli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

O avião estava a 2 km do aeroporto de destino quando caiu, em uma região de difícil acesso.

Antes de cair em um curso d’água, a aeronave teria colidido com um cabo de uma torre de distribuição de energia elétrica, conforme informações da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), responsável pelo fornecimento de eletricidade na região.

O voo tinha saído de Goiânia com destino ao aeroporto de Caratinga (MG), onde Marília Mendonça se apresentaria em um show para 8.000 espectadores. Os outros membros da banda seguiram de ônibus e já aguardavam a cantora na cidade.

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